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Microcosmo
Bacia do Rio Itacaiúnas

Menos floresta, mais calor: desmatamento muda clima em Carajás

Aquecimento global e desmatamento afetam o clima da bacia do rio Itacaiúnas. Restauração de florestas em áreas prioritárias pode atenuar o problema.

A Floresta Nacional de Carajás, uma unidade de conservação da bacia do rio Itacaiúnas, faz fronteira com uma área desmatada destinada a pastagens. FOTO: João Marcos Rosa

Por que contar esta história é importante?

A bacia do rio Itacaiúnas é considerada um microcosmo da Amazônia oriental nas ameaças e também na capacidade de resiliência. As vastas pesquisas científicas feitas ali podem indicar caminhos para frear os impactos das mudanças climáticas em todo o bioma.

Parcerias e colaborações

As pesquisas do Instituto Tecnológico Vale (ITV) relacionadas à modelagem climática regional e experimentos de substituição da floresta por pastagem foram feitas em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Trabalhamos pelo acesso ao conhecimento científico. Não deixe de explorar o glossário ao final da história para ter uma maior clareza sobre cada um dos conceitos abordados no texto!

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CONTEÚDO DE MARCA
26/09/2025Texto: Gabriel de Sá

“O calor aumentou, as chuvas estão mais dispersas, o inverno não é mais o mesmo”. É assim que o apicultor e técnico agrícola Hernanes Martins, morador do município de Canaã dos Carajás, tem assimilado as mudanças no clima e no ciclo das águas na Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiúnas (BHRI), uma área de cerca de 42 mil km² no sudeste do Pará.

Hernanes tem razão em sua percepção. Comparando o período de 1991 a 2020 com o de 1961 a 1990, pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV) concluíram que a bacia de fato ficou mais quente e seca nas últimas décadas. A temperatura média anual subiu em toda a bacia, assim como a média das estações chuvosa (de novembro a abril) e seca (maio a outubro). Na parte leste e em algumas áreas a oeste, o aumento chegou a 0,6ºC.

Quando comparamos dois períodos climatológicos consecutivos, de 1991 a 2020 com 1961 a 1990, o volume pluviométrico anual caiu em toda a bacia, especialmente na Floresta Nacional de Carajás. Essa região teve uma redução em sua média de chuva mensal superior a 15 mm. Hoje, no período de 1991-2020, tanto as estações chuvosas são menos chuvosas quanto as secas são ainda mais secas.

“O futuro é incerto, mas, se continuar como está, provavelmente os impactos que já sentimos serão intensificados”, aponta a doutora em clima e ambiente Cláudia Wanzeler, pesquisadora do ITV e coautora da pesquisa.

Uma parte desse fenômeno é explicada pela emergência climática e o aumento da temperatura global. Mas há um outro fator importante: as mudanças no uso do solo. A conversão de áreas de floresta em pastagens, por exemplo, pode influenciar o clima local, o clima regional e, a longo prazo, o clima global.

O desmatamento na bacia do rio Itacaiúnas reduziu a cobertura florestal de 95% para 51% do território em apenas 36 anos (1980-2016). Esse processo foi impulsionado pela política nacional de ocupação da Amazônia, que incluiu a construção de estradas como a Transamazônica, a criação de assentamentos rurais e a chegada de migrantes atraídos pela corrida do ouro na mina de Serra Pelada. Tudo isso foi determinante para as transformações na cobertura vegetal e teve efeitos diretos na hidroclimatologia da região.

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Quem vive na bacia do rio Itacaiúnas, como o apicultor Hernanes Martins, conhece bem a nova realidade climática da região: "O calor aumentou, as chuvas estão mais dispersas e o inverno não é mais o mesmo".

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Pesquisadores do ITV comprovaram essa mudança ao comparar dados de temperatura da superfície em dois períodos de 30 anos cada: de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020.

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O resultado: toda a bacia ficou mais quente. Isso vale para a temperatura média anual...

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a temperatura média durante a estação chuvosa...

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e a temperatura média durante a estação seca.

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Em alguns lugares da bacia, o aumento passou dos 0,6ºC. Na média anual, a temperatura aumentou mais na parte leste, historicamente mais desmatada.

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Mas quando se considera apenas a média na estação seca, trechos de floresta preservada na parte oeste também sofreram com aumento superior a 0,6ºC.

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DIFERENÇA DE
TEMPERATURA MÉDIA
1961–1990 / 1991–2020

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Desde 2004, o cenário de uso da terra na bacia é composto pela presença maciça de floresta primária nas áreas protegidas, na parte centro-oeste, e de pastagens, agricultura e urbanização nas demais localidades, com alguns blocos de floresta primária e secundária. Boa parte da região leste da bacia foi convertida em pastagens.

A bacia do rio Itacaiúnas está localizada no chamado arco do desmatamento da Amazônia, uma parte do território que concentra os piores índices de desmatamento e que vai do Maranhão e sul do Pará em direção a oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre.

“Esse processo avançou mais rapidamente até 2010. Depois disso, houve uma desaceleração do desmatamento, mas a gente continua perdendo floresta”, explica a doutora Rosane Cavalcante, pesquisadora do ITV em floresta, água e carbono.

A situação poderia ser pior, não fossem as florestas preservadas no Mosaico de Carajás, uma área com cerca de 12 mil km² formada por seis unidades de conservação federais, incluindo a Floresta Nacional (Flona) de Carajás, e a Terra Indígena Xikrin do Cateté.

Para entender a importância da floresta para a regulação do clima, os pesquisadores do ITV fizeram uma série de simulações de como os padrões de temperatura do ar e precipitação poderiam ser alterados caso a região do mosaico tivesse tido o mesmo destino que outras regiões da BHRI. Os pesquisadores fizeram experimentos com modelos computacionais que simularam como a substituição de floresta preservada no mosaico por pastagens poderia afetar o clima em toda a bacia. O resultado mostra um cenário completamente diferente na distribuição das chuvas na bacia e um aumento de pelo menos 0,3ºC na temperatura sem a Flona de Carajás ou as outras unidades de conservação.

O efeito seria ainda mais acentuado durante a estação seca, com aumento da temperatura em grande parte da bacia. “Os resultados reforçam a importância da proteção da floresta e da recuperação de áreas degradadas”, pontua Cláudia Wanzeler.

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Quem já recorreu a uma árvore em busca de sombra ou para se proteger no começo de uma chuva tem noção da importância da floresta para a regulação climática. Mas como calcular esse impacto?

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Pesquisadores do ITV usaram um modelo computacional que organizou a área da bacia em quadrículas.

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Depois, classificou cada quadrícula de acordo com a cobertura do solo. Onde há predominância de floresta, ficou verde, e em mosaicos com predominância de pastagem, amarelo.

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Em seguida, para entender a diferença no clima, o modelo simulou a substituição das quadrículas de floresta em áreas de preservação por mosaicos de floresta e pastagem.

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O resultado: se as áreas protegidas fossem desmatadas como o resto da bacia, a parte oeste seria mais quente. Isso vale para a temperatura média na estação chuvosa.

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E também para a média na estação seca. O aumento poderia ser superior a 0,3ºC.

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Os pesquisadores também analisaram mudanças nos padrões de chuva.

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A maior diferença seria durante a estação chuvosa. No oeste da bacia, haveria um aumento na precipitação.

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Porém, um pouco mais a oeste, do lado de fora da bacia, a precipitação média diminuiria.

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Balanço hídrico

Uma vegetação de maior porte, como a floresta, intercepta maior volume de chuva na copa das árvores e absorve, pelas raízes, água de profundidades maiores do solo. Por outro lado, uma área de pastagem possui menor capacidade de interceptar água.

É de se esperar, portanto, que em uma bacia cuja floresta foi substituída por pastagem, a tendência é de redução da água que retorna para a atmosfera diretamente pela evapotranspiração, quando a água é transferida do solo e das plantas para a atmosfera em forma de vapor.

Na BHRI, a sazonalidade

é muito bem definida: 95% das chuvas ocorrem na estação chuvosa, enquanto 5% das precipitações acontecem na seca. A vazão dos rios segue a mesma tendência: muito alta no período chuvoso e baixa na época de seca.

Mas a perda de cerca de metade da cobertura florestal causou um aumento nas vazões mínimas, médias e máximas

nos rios da região – ou seja, no volume de água dos rios. Os modelos indicam que, de 1980 até 2016, a vazão média na foz do rio Itacaiúnas, na confluência com o Tocantins, aumentou 14% por causa do desmatamento. Entretanto, o aumento carrega efeitos negativos, como inundações ribeirinhas mais frequentes e intensas. Sem a floresta para interceptar a água das chuvas via folhas e troncos, absorvê-la pelas raízes e devolver parte dela para a atmosfera, a tendência é que os rios transbordem.

O aumento da vazão muda o padrão e a qualidade dos rios, além de afetar a biodiversidade local. A interceptação da água pela copa das árvores também protege o solo do impacto direto das gotas de chuva, ajudando a evitar processos erosivos.

Pesquisador no ITV, o hidrólogo e engenheiro civil Paulo Pontes aponta que, com as mudanças climáticas, o prognóstico para os próximos anos na BHRI é de redução na disponibilidade hídrica, aumento da vazão de inundação dos rios e ampliação do tempo e da intensidade do período seco. “Não é previsão, é um cenário. Os modelos hídricos nos indicam que essa situação mais crítica poderá ocorrer no oeste da bacia, onde estão as áreas protegidas”, explica ele.

Por fim, a cobertura florestal nas margens e entornos dos rios, chamada de mata ciliar, é crucial para a proteção deles. As copas das árvores cobrem os leitos dos rios, equilibram a temperatura da água e ajudam a diminuir a carga de substâncias nocivas que chegam ao curso d’água.

“Muitas áreas estratégicas que, pela lei, deveriam estar preservadas, não estão, mesmo nas unidades de conservação, reservas legais e áreas de preservação permanente”, ressalta Rosane Cavalcante. Assim, fazer valer a legislação ambiental é inegociável para que o cenário do desmatamento não se agrave.

Icone menção

“O futuro é incerto, mas, se continuar como está, provavelmente os impactos que já sentimos serão intensificados”

Cláudia Wanzeler, pesquisadora do ITV

Evapotranspiração

A floresta tende a captar mais energia e liberar mais vapor d’água na atmosfera em comparação com áreas de pastagem. Com mais vapor na atmosfera, há mais umidade e formação de nuvens e, consequentemente, maior produção de chuvas.

No Mosaico de Carajás, são transferidos para a atmosfera cerca de 15 km³ de água por ano via evapotranspiração. Para comparar, o rio Itacaiúnas despeja, anualmente, 19 km³ em sua foz, no Tocantins. Essas nuvens formadas pela evapotranspiração na Amazônia podem ser levadas pelos ventos para outras partes do país e do continente, um fenômeno popularmente chamado de “rios voadores”. Por isso o balanço hídrico

Balanço hídrico

relação entre a água que entra e a água que sai de um sistema; serve para medir quanto de água está disponível em determinado lugar e tempo

é importante para a regulação climática

Regulação climática

conjunto de processos que mantêm o clima da Terra estável e habitável ao longo do tempo; envolve a interação entre atmosfera, florestas, solos, seres vivos, entre outros. Fatores como desmatamento, poluição e emissão de gases de efeito estufa levam ao desequilíbrio e, consequentemente, a fenômenos como ondas de calor, secas severas e enchentes

não apenas daquela região.

A cobertura florestal que tem maior porte evapotranspira mais em relação a uma área desmatada, se as duas estiverem na mesma condição e com a mesma quantidade de água. Isso é perceptível quando se compara a quantidade de água que retorna para a atmosfera nas áreas dentro do mosaico com as áreas fora dele. De toda a água que precipita dentro do mosaico, 72% (1.277 mm/ano) acabam retornando à atmosfera. Fora do mosaico, apenas 57% da precipitação anual (1.005/ano) retorna. Ademais, nas áreas fora do mosaico, foi observada maior redução da evapotranspiração total no período seco.

Mas, apesar do desmatamento, a evapotranspiração ainda ocorre de forma satisfatória na bacia do rio Itacaiúnas, porque o armazenamento de água abaixo do solo suporta a evapotranspiração, mesmo nos períodos mais secos. “Mesmo com o desmatamento, ainda há infiltração alimentando água no solo e, por consequência, suportando a evapotranspiração. Isso nos passa uma ideia de resiliência da bacia aos processos antrópicos”, comenta Paulo Pontes.

Área com pastagem (evapotranspiração baixa)
Área com floresta (evapotranspiração alta)

Como observado em outros locais, estudos na Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiúnas demonstram que as áreas de floresta apresentam maior evapotranspiração e menor escoamento superficial do que áreas de pastagem. As florestas do mosaico de Carajás liberam anualmente cerca de 15 km³ de água para a atmosfera, vital para a formação de chuvas regionais. ILUSTRAÇÕES: Luiz Iria

Adaptação e resiliência

A regeneração florestal é uma estratégia essencial para garantir a resiliência da Amazônia diante das mudanças climáticas e da degradação ambiental. Na Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiúnas, essa restauração ganha importância estratégica, tanto para recuperar serviços ecossistêmicos quanto para reconectar fragmentos florestais.

“Para a restauração entregar o máximo de eficiência, há que se fazer o plantio adequado, com espaçamento, diversidade de espécies, aplicação de insumos e acompanhamento do crescimento das plantas”, explica o pesquisador e engenheiro agrônomo Silvio Ramos, que atua no monitoramento da qualidade do solo no ITV. À medida que a vegetação começa a crescer, a qualidade do solo vai melhorando, com o estoque de carbono

Estoque de carbono

quantidade de carbono armazenada nos diferentes componentes de um ecossistema, como floresta, solo ou atmosfera

aumentando e gerando mais nutrientes para as plantas. Consequentemente, há também maior biodiversidade nas chamadas florestas secundárias.

Para implementar a mineração em determinadas localidades da BHRI, empresas precisam suprimir a cobertura vegetal nativa das áreas que contêm minério no subsolo. Para iniciar esse processo, existe uma série de condicionantes, sendo a principal a responsabilidade de a companhia mineradora restaurar outras áreas, uma forma de compensação ambiental.

Diante disso, os pesquisadores do ITV analisam indicadores que ajudam a identificar áreas prioritárias – geralmente localizadas próximas a florestas preservadas, como a Flona de Carajás. “A intenção é comprar fazendas e propriedades rurais abandonadas e acabar com esses fragmentos desmatados, interligando as áreas adquiridas à grande floresta”, detalha Silvio Ramos.

Assim, empresas mineradoras devem adquirir propriedades no entorno dos complexos minerários e transformar as áreas de pastagens abandonadas em florestas secundárias

Florestas secundárias

crescem em áreas onde a vegetação original (floresta primária) foi desmatada, degradada ou perturbada; oferecem serviços ambientais importantes, como a remoção de carbono da atmosfera

, com o plantio de mudas e o monitoramento da qualidade do solo, reconectando fragmentos florestais e retornando com a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

“Como o reflorestamento tem um custo, a gente fez esses estudos de priorização, para saber por onde começar", diz Rosane Cavalcante. “Por exemplo, quanto mais perto de uma grande área de floresta nativa, maior o potencial da área desmatada se regenerar e voltar a uma situação de floresta”, explica.

A fragmentação da paisagem pelo desmatamento destruiu parte do habitat da fauna local e gerou problemas ambientais graves. No processo de reflorestamento, pesquisadores do ITV ressaltam a importância de priorizar a criação de conexões entre as áreas para que as espécies possam ter mobilidade e não fiquem isoladas em pontos restritos da floresta. São os chamados corredores ecológicos. “Eles promovem o fluxo gênico

Fluxo gênico

também chamado de migração – é qualquer movimento de genes de uma população para a outra

, entre outras funções que auxiliam na manutenção dos processos ecológicos”, explica Rosane Cavalcante.

Pesquisas demonstram a importância de conciliar áreas preservadas e potenciais áreas de restauração com blocos florestais maiores. É o caso de localidades a oeste do Mosaico de Carajás. “Em um cenário de mudanças climáticas, o aumento da área de vegetação nativa precisa garantir estes ‘caminhos’ para as espécies, aumentando a resiliência delas”, conclui Cavalcante.

exploradores

Para os processos de compensação ambiental e restauração, são selecionadas áreas prioritárias, geralmente nos arredores das florestas preservadas, como esta próxima à Flona de Carajás. FOTO: João Marcos Rosa

Além da regeneração florestal, outra alternativa para as áreas degradadas são os sistemas agroflorestais (SAFs). O técnico agrícola Hernanes Martins, que no começo dessa história contou sobre os impactos que as mudanças climáticas e o desmatamento já causam à região, foi convidado pelo ITV para ajudar a implementar unidades experimentais de SAFs na bacia do rio Itacaiúnas. Ao longo de quatro anos, foram criadas unidades demonstrativas, combinando estratégias de reflorestamento de espécies nativas com técnicas para produção agrícola. Os SAFs são uma alternativa para as áreas desmatadas, em que espécies nativas da região são replantadas e passam a conviver com bananeiras, mamoeiros e pés de feijão e milho, cultivados com propósito alimentício e comercial.

“Diante da briga contra o desmatamento e as mudanças do clima, o SAF é a melhor alternativa para fazer frente ao monocultivo, já que restaura a floresta e as matas ciliares, gera empregos e renda, tudo isso em uma pequena unidade”, defende Martins.

Uma das propriedades vitais da cobertura florestal é a de auxiliar na adaptação às mudanças climáticas. A floresta de pé ajuda na adaptação a secas fora dos padrões, por exemplo, porque mantém o fluxo hidrológico.

“Mesmo com as ações de reflorestamento, não é possível dizer que a região voltaria a ser como na década de 1970”, avalia Cláudia Wanzeler. “Mas, aumentando a cobertura, certamente o balanço energético e hídrico tende a melhorar.”

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Prioridade para
restauração

Escala de prioridade de restauração
Alta prioridade
Baixa prioridade
Sem categorização

GLOSSÁRIO

Hidroclimatologia

área de pesquisa que estuda os impactos das mudanças climáticas nos recursos hídricos por meio da utilização de modelos e de ferramentas de sensoriamento remoto

Vazões mínimas, médias e máximas

vazão é o volume de água que flui por um rio em um determinado tempo; a mínima é utilizada para avaliar a disponibilidade hídrica, na elaboração de projetos de irrigação e de energia elétrica; a média de longa duração permite quantificar a disponibilidade e calcular o volume de regularização; já a vazão máxima está associada às condições de inundação e é utilizada em grandes obras

Sazonalidade

variação regular e previsível do clima ao longo do ano

Balanço hídrico

relação entre a água que entra e a água que sai de um sistema; serve para medir quanto de água está disponível em determinado lugar e tempo

Regulação climática

conjunto de processos que mantêm o clima da Terra estável e habitável ao longo do tempo; envolve a interação entre atmosfera, florestas, solos, seres vivos, entre outros. Fatores como desmatamento, poluição e emissão de gases de efeito estufa levam ao desequilíbrio e, consequentemente, a fenômenos como ondas de calor, secas severas e enchentes

Florestas secundárias

crescem em áreas onde a vegetação original (floresta primária) foi desmatada, degradada ou perturbada; oferecem serviços ambientais importantes, como a remoção de carbono da atmosfera

Estoque de carbono

quantidade de carbono armazenada nos diferentes componentes de um ecossistema, como floresta, solo ou atmosfera

Fluxo gênico

também chamado de migração – é qualquer movimento de genes de uma população para a outra